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Aluno da Escola Estadual Odete Valadares alcança 5ª etapa da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)

10/04/2024

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Giovani Dias foi o único estudante de escola estadual no estado de Minas Gerais a ficar entre os 157 aprovados para a etapa presencial

Um jovem estudante extremense fez história para a cidade ao participar da seletiva presencial da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, nos dias 11, 12 13 e 14 e março, em Barra do Piraí (RJ). Giovani Dias, aluno do 3º ano da Escola Estadual Odete Valadares, alcançou a 5ª etapa da OBA e foi um dos 4 representantes de Minas Gerais na competição, sendo o único aluno de escola estadual.

Fases da OBA

Realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) nas escolas brasileiras, públicas e privadas, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens na ciência. A 1ª etapa da OBA, em maio de 2023, foi realizada em todo o território nacional e contou com a adesão de 924.969 candidatos. Nesta ocasião, Giovani teve 100% de aproveitamento e conquistou a medalha de ouro, avançando para a fase seguinte.

O estudante superou mais três fases on-line antes de encarar o desafio presencial: com 28.967 participantes na 2ª fase, 11.182 na 3ª fase e 3.709 na 4ª, apenas 157 estudantes avançaram para a 5ª fase, realizada em um hotel fazenda no estado do Rio de Janeiro. Minas Gerais contou com a representação de 4 alunos, sendo dois de escolas particulares, 1 de CEFET e o Giovani de escola estadual.

A seletiva presencial contou com duas provas teóricas e duas provas observacionais: Planetário e Prática do Céu, em que fizeram reconhecimento do céu no planetário (constelações, posições e nomes das estrelas mais brilhantes, bem como dos planetas); uso de cartas celestes e catálogos astronômicos; aplicação de sistemas de coordenadas celestes, estimativas de magnitudes e de distâncias angulares, assim como uso de instrumentos astronômicos simples.

“A gente já ficou muito feliz! Uma cidade que não tem tradição em Astronomia, a gente só foi orientando o aluno […]. É isso que a gente fica muito feliz, pela posição que esses alunos chegaram, pra esse momento que eles alcançaram, que é um destaque muito grande […]. Então os alunos da escola começaram a ver que dá para ter um futuro, se estudarem conseguirão chegar num lugar legal. Isso os animou, pois perceberam exemplos de lugares que podem alcançar por meio do estudo”, disse o professor que preparou Giovani, Marcílio Gaziro Marcondes.

Incentivo aos alunos

Apesar de Giovani não ter se classificado para a etapa seguinte, o adolescente foi um dos 157 estudantes a disputarem a oportunidade de representar o Brasil em duas competições: a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), formadas pelos 10 alunos (5 em cada disputa) que superarem as duas próximas fases.

A conquista de Giovani trouxe orgulho para a cidade e a abertura de portas para demais estudantes: “Foi triste por uma parte, você ver que 90% é de particular, mas aquele 1% de escola pública deu uma esperança muito boa. É interessante você ver que tem pessoas que realmente querem estudar, querem ter um futuro diferente nessa área”, comentou o aluno.

Este foi o terceiro ano em que Giovani disputou a OBA e, além dele, outros 2 alunos da Odete também participaram, sendo eles Yan Scognamiglio Prada, que chegou na 2ª fase, e Ryam Mohhamed Marques Rodrigues, que deixou a OBA na terceira prova.

Giovani destaca, sobretudo, a importância do incentivo aos estudos por parte daqueles mais próximos, como foi o seu caso, que se apaixonou por Astronomia no 9º ano, graças ao incentivo de um professor. Mas reforça: é necessário se dedicar aos estudos, o que fica muito mais divertido quando se trata de algo que o aluno goste.

“Estudar é difícil, eu não posso mentir, mas quando você desenvolve um prazer por estudar facilita muito as coisas […]. Então, se você não for bom em matemática, ou não gostar, não foca naquilo que você não gosta, foca no que você gosta, na arte, na música, na escrita”, conclui o estudante.