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ENTENDA MELHOR SOBRE A RETIRADA DAS ÁRVORES PARA A REFORMA DAS PRAÇAS CENTRAIS

31/01/2020

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Primeiramente, é importante dizer que nenhum projeto arquitetônico, sobretudo no caso de uma Praça Pública, tem como premissa a retirada aleatória de qualquer espécie de árvore, seja ela de pequeno ou grande porte, recém-implantada ou antiga.

Quando um diagnóstico de projeto é feito, ou seja, todas as potencialidades e deficiências de um espaço existente são levantadas, muitas variáveis são listadas e, após uma análise muito criteriosa, temos uma tomada de decisão, relacionando os mais diversos aspectos.

Foi que o que ocorreu em todo o Conjunto de Praças Centrais em questão. Foram analisados:

  • Mobilidade urbana de veículos e pedestres, segundo a demanda existente;
  • Conforto e segurança nos trajetos e percursos feitos por adultos, crianças e idosos;
  • Demanda de veículos e área de estacionamento frente às necessidades de moradores e comerciantes;
  • Combate à depredação e vandalismo, ou existência de atividades consideradas ilícitas;
  • Edificações de entorno passíveis de reformas e ampliações, assim como valorização de patrimônios;
  • Condições das espécies arbóreas existentes visando seu estado fitossanitário, impacto no entorno (como raízes salientes e danificando a pavimentação e circulação ou até mesmo comprometendo edificações e sob o risco de danos à população) e idade das espécies (tendo em vista uma supressão necessária em um curto espaço de tempo).

Diante de todos esses fatores, as propostas de reforma e revisão dos espaços foram analisadas e as espécies removidas apresentavam um ou mais dos fatores ou características apontados a seguir:

  • Raízes causando sérios danos à circulação de pedestres e a sua segurança;
  • Localizadas em pontos onde teremos uma revisão do traçado das ruas,
  1. Como é o caso do trecho à frente do Hotel San Marcos, uma vez que ali não temos calçada, mas sim apenas vagas de veículos. Nesse trecho a rua será deslocada sentido o prédio da Crearte para que seja feita uma nova calçada passando pela frente das vagas sem risco aos pedestres, como existe atualmente;
  2. E também como é o caso da Praça Olinto da Fonseca, onde haverá o acréscimo de uma faixa de veículos para minimizar o alto fluxo na via.
  • Estavam no limite de edificações que passarão por reforma e ampliação, como no caso da Igreja;
  • Estavam plantadas sobre os canteiros até então existentes, que eram elevados e uma vez que fossem demolidos deixariam as raízes completamente expostas e elas não resistiriam.

Tamanho é o cuidado e a vontade em manter as espécies, que todas as demais árvores serão mantidas e mais 5 serão plantadas, já em tamanho similar aos implantados na Praça Coronel Simeão. As árvores serão 4 cerejeiras em homenagem à Imigração Japonesa e que existiam anteriormente na frente da Igreja; mais 1 que será implantada na esquina em frente do Cartório Eleitoral, onde já algum tempo uma espécie havia sido removida por não apresentar condições  fitossanitárias adequadas.

Vale ressaltar que, para compensar as substituições, um estudo da Secretaria de Meio Ambiente apontou que para cada árvore retirada, serão plantadas outras 90.

Entendemos que as árvores contêm uma série de valores e sentimentos da população, sem contar questões ambientais inegáveis. No entanto, um espaço público traz consigo uma gama complexa de desafios a serem espacialmente vencidos,que se renovam e se alternam ao longo dos anos, e foram ponderados tendo a certeza que um resultado realmente satisfatório será alcançado com essa reforma.