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Campanha Agosto Lilás será marcada por ações de combate à violência contra a mulher em Extrema

01/08/2023

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Com o tema “Quebre o silêncio: denuncie a violência contra a mulher”, a campanha luta contra abusos como aqueles sofridos por Maria da Penha, ativista que dá nome para a Lei 11.340

Durante todo o mês de agosto, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Extrema vai realizar a campanha Agosto Lilás, que lança luz sobre a importância do combate à violência doméstica contra a mulher. A programação vai contar com palestra, caminhada e ações nas empresas, escolas e unidades de saúde, a fim de conscientizar a população sobre a Lei Maria da Penha, assim como os diferentes tipos de violência e os canais de denúncia.

Programação

Palestra (11/08)

Será realizada no auditório do 59º Batalhão da Polícia Militar, em Extrema, às 14h, uma palestra de conscientização e combate à violência contra a mulher.

Caminhada (25/08)

A concentração para a caminhada acontecerá às 13h no Terminal Rodoviário de Extrema, com destino ao Cine Teatro, no Parque de Eventos, onde acontecerão apresentações abertas para as mulheres em geral.

Agosto Lilás nas Empresas

No decorrer do mês, colaboradores de 10 empresas participarão de palestras gratuitas para a conscientização e prevenção da violência contra a mulher. As atividades têm o objetivo de alertar os trabalhadores sobre a gravidade do assunto e orientar sobre a importância da denúncia.

Ações nas escolas e unidades de saúde

As técnicas das unidades CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) se deslocarão até as escolas da cidade para falar sobre a Lei Maria da Penha. Também serão realizadas ações nas ESFs (Estratégia de Saúde da Família) e no Pronto Socorro.

A campanha

As atividades de combate à violência doméstica são realizadas em agosto por conta da data da sanção da Lei Maria da Penha (Lei 11.340), aprovada em 7 de agosto de 2006 graças aos esforços da farmacêutica bioquímica e ativista pelos direitos da mulher, Maria da Penha Maia Fernandes.

Após sofrer constantes agressões e duas tentativas de feminicídio (um tiro nas costas, o que tornou a vítima paraplégica, e tentativa de eletrocussão durante o banho, enquanto era mantida em cárcere privado), a mulher conseguiu sair da realidade de abusos e lutou por anos para a punição do ex-companheiro, Marco Antonio Viveros. Foi preciso intervenção internacional e responsabilização do Estado por negligência e omissão, em 2001, para que as medidas cabíveis fossem tomadas.

Violências como as sofridas pela ativista podem ser dividas em seis tipos: física, quando a vítima é agredida, empurrada etc.; psicológica, caracterizada por ações que causam dano emocional, diminuição da autoestima, tentam controlar suas ações, entre outras; sexual, que trata de qualquer conduta que a constranja a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada; patrimonial, marcada pela retenção e destruição de objetos pessoais, bens, valores e recursos; e moral, que é qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

A mobilização também trabalha para a preservação dos 12 direitos das mulheres, conforme estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU): direitos à vida, liberdade e segurança pessoal; igualdade e a estar livre da discriminação; liberdade de pensamento; informação e educação; privacidade; saúde e proteção desta; construir relacionamento conjugal e planejar sua família; decidir ou não ter filhos e quando tê-los; aos benefícios do progresso científico; liberdade de reunião e participação política; não ser submetida a torturas e maus tratos.

Segundo pesquisa divulgada em março deste ano, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por meio do Instituto Datafolha, mais de 18 milhões de mulheres foram vítimas de violência em 2022. O índice revela ainda que uma a cada três brasileiras (33,4%) com mais de 16 anos já sofreu violência física e/ou sexual de parceiros ou ex-parceiros, o que representa mais que a média global, de 27%.

Canais de denúncia

Ligue 180 para falar com a Central de Atendimento à Mulher;

Ligue 190 para fazer uma denúncia para aPolícia Militar;

Para receber orientação no CREAS, se dirija à Rua Romualdo Alves Martins, 112, no Centro. Telefone: (35) 3435-6009.