A mobilização integra as transformações na alimentação escolar de Extrema, que buscam sensibilizar duas temáticas relevantes, alimentação e meio ambiente
A Rede Municipal de Ensino de Extrema tem travado uma verdadeira batalha contra o desperdício de alimentos nas escolas. O projeto “Barriga cheia, lixo vazio” tem o objetivo de conscientizar as crianças e os colaboradores da Educação sobre a comida em excesso deixada no prato, bem como no balcão. Com a adesão das unidades escolares municipais, a proposta já tem dado frutos na vida das crianças e dos adultos.
Promovido pelo Departamento de Alimentação Escolar de Extrema, a ideia é integrar a campanha ao dia a dia dentro das unidades. Desse modo, criou-se uma rotina de pesagem tanto dos restos de alimentos deixados pelos alunos, quanto da comida que vai para o balcão e que, devido a exposição ao ambiente, não pode retornar para a cozinha, como explica a nutricionista Camila Maia Lo Sardo:
“Também estamos trabalhando em cima dessa sobra, porque vimos que o resto do prato das crianças é o menor lixo que tem na escola. A maior sobra é a do balcão. Então estamos treinando as cozinheiras para que, nos últimos intervalos, nos últimos horários de recreio, elas reponham menos comida no balcão”, reforçou a profissional.
Unindo teoria e prática
A partir da pesagem e separação nos sacos de lixo, o desperdício de comida toma forma física e ganha números, o que torna a temática mais real e palpável para ser trabalhada junto às crianças. Com a percepção do problema, os pequenos começam a tomar proporção da gravidade do assunto e se abrem às orientações, que incluem colocar menos comida no prato.
Parte do sucesso do “Barriga cheia, lixo vazio” é união da prática à teoria, aplicada pelas unidades e professores por meio de projetos paralelos que atuem com esta temática central. Dentro das salas de aula, os educadores podem trabalhar o desperdício de alimentos de maneira didática e lúdica.
“Nós entendemos que só a nutrição, apenas pesar os restos dos alimentos, não terá o mesmo sucesso se os professores, a parte pedagógica, não entrar junto […]. Não é obrigatório. […] Eles têm o mês de setembro para elaborar e aplicar os projetos, desde o Infantil, os bebês do Berçário I, até o Fundamental II”, comentou Camila.
12 de outubro de 2024
12 de outubro de 2024
12 de outubro de 2024